O que tem de novo nas embalagens para alimentos?
Din don! A entrega chegou!
Você pega o seu pacote, tira a caixinha que veio dentro, desembrulha o hambúrguer. Pega seu copo de refrigerante, rasga o papel que envolve o canudo e espeta na tampa da embalagem. Ah! Ainda tem a batata frita, em sua simpática caixinha. Guardanapos, ketchup, maionese e mostarda. Tudo pronto para começar o banquete!
Até aqui foram pelo menos 10 embalagens que vão para o lixo depois do seu lanche. Aposto que você já parou para pensar nisso, né? O tanto de lixo que a gente produz!
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, aproximadamente um quinto do lixo é composto por embalagens. E de acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, foram recuperadas mais de 800 mil toneladas de embalagens recicláveis pelo sistema de logística reversa no país em 2022. O número é 3 vezes maior do que o recolhido no ano anterior (303 mil toneladas). As embalagens mais presentes nesse montante foram de papel e papelão (39,3%), plástico (25,5%), metais (17%) e vidros (17%).
Mas, se parar de pedir delivery não é uma opção, o que poderíamos fazer para diminuir a quantidade de pacotes que descartamos após uma refeição ou ao voltar do supermercado, por exemplo?
Para além das sacolas retornáveis (de pano ou de plástico biodegradável), a indústria brasileira tem investido cada vez mais em alternativas sustentáveis para embalar os alimentos que consumimos. Quer ver?
Da fibra da celulose
A Melhoramentos está construindo uma fábrica inteiramente dedicada ao desenvolvimento de embalagens feitas a partir de fibra de celulose. A previsão é que ela comece a operar em 2025. O novo produto será 100% compostável e com decomposição em até 75 dias. A embalagem será resistente à gordura, umidade e a temperaturas extremas e pode ser usada tanto no freezer quanto no forno, suportando temperaturas de até 220 graus.
A fábrica, construída em Camanducaia, Sul de Minas Gerais, tem capacidade de produção de 60 milhões de embalagens por ano. O projeto foi desenvolvido em parceria com uma startup israelense especialista na área.
A embalagem pode ser customizada no formato que melhor atende ao cliente. Inicialmente, o produto será voltado para o setor de alimentos, em especial as indústrias que trabalham com congelados e precisam de um recipiente resistente a altas temperaturas, água e óleo.









